Olá, prezados leitores!
Primeiramente, muito obrigado por todos os comentários que tenho recebido. Eles têm sido um incentivo a continuar compartilhando conhecimento e, com certeza, aprendendo mais.
Lembrando que agora temos um grupo de discussões para facilitar a troca de experiências entre os leitores. O meu objetivo é transformar cada vez mais este espaço em uma via de mão dupla no que se refere ao conhecimento dentro da área de automação industrial.
Neste post, vamos abordar mais alguns conceitos sobre redes wireless, lembrando que o foco está em aplicações industriais, mas esta parte é
comum às redes de TI. Mais à frente teremos alguns casos onde serão mostradas aplicações deste assunto em conjunto com sistemas de automação.
Vamos nessa…
Antenas
As antenas são dispositivos que irradiam para o espaço uma onda eletromagnética guiada recebida de um cabo e/ou absorvem ondas eletromagnéticas do espaço e as enviam através de um cabo.
Na fase de projeto de uma antena, são levados em consideração alguns fatores listados a seguir:
- Frequência de operação (todos os elementos de uma antena de qualquer tipo leva em consideração o comprimento de onda, visto neste outro post).
- Potência máxima que pode ser recebida do transmissor pelo cabo.
- Ganho desejado.
- Tipo de aplicação (interna ou indoor, ao tempo ou outdoor, operação em equipamento fixo ou móvel, etc.).
Diagramas de irradiação
Dentro os dados disponibilizados pelo fabricante para as antenas, se encontram os diagramas de irradiação, que são gráficos que mostram o ganho proporcionado pela antena em todas as direções, tanto no plano vertical como no plano horizontal.
Essas nomenclaturas são originadas nas ondas eletromagnéticas, pois elas são formadas por um campo elétrico e um campo magnético, dispostos ortogonalmente entre si (fazendo um ângulo de 90°), conforme mostra a Figura 1.
- Omnidirecionais.
- Direcionais tipo Yagi (lê-se “iágui”).
- Direcionais tipo painel setorial.
- Parabólicas.
Os diagramas de irradiação de uma antena omnidirecional são mostrados na Figura 3.
Note que o diagrama de irradiação horizontal nem precisaria ser representado (o que ocorre no datasheet de alguns fabricantes), pois, representa apenas uma circunferência.
- Polarização, que representa o posicionamento dos elementos na posição vertical (como mostrado na Figura 4) ou horizontal, onde os elementos ficam nesta orientação.
- Relação frente-costas, que representa a diferença em dB entre o ganho na direção de ganho máximo e na direção oposta (180°).
- Isolação por polarização cruzada, que representa a diferença em dB observado entre dois pontos com antenas direcionais quando estas estão com a mesma polarização (as duas na horizontal ou vertical) e com polarização invertida (uma está na horizontal e outra está na vertical).
As antenas do tipo Yagi podem possuir ter outros aspectos físicos que podem confundir leigos. A antena mostrada na Figura 5 possui um elemento chamado radome, geralmente em fibra de vidro que protege a antena, de modo que seus elementos (no popular, as “varetas”) não ficam aparentes e, devido ao seu aspecto tubular, pode ser confundida com uma Omnidirecional. Visitei um cliente certa vez que estava reclamando de problemas em um determinado sistema wireless após a troca de uma antena. Ao chegar ao local, me deparei com uma antena desse tipo instalada como se fosse uma omnidirecional (apontando para cima). A solução foi apenas corrigir o posicionamento da mesma.
Muito bom grande mestre!
Gostaria de sugerir que em postagens futuras relacionadas a antenas, em caráter mais avançado, que exemplificasse a possibilidade da utilização do lóbulo secundário de antenas direcionais e a utilização da polarização dessas antenas como técnica da coexistência de redes wireless em um mesmo ambiente.
Um abraço!